quarta-feira, 20 de junho de 2012

Pais separados: com quem fica a criança? Ou PATERNIDADE ATIVA também pode existir!


Me divorciei de fato em setembro do ano passado. "No papel" em fevereiro desse ano. Nunca fiquei casada um dia sequer, "pelo" Miguel. Nunca achei que era traumático para uma criança ter pais separados (desde que ambos sejam pais presentes, claro) e jamais levaria um casamento falido adiante em nome do "modelo de família ideal". Na boa, traumático era ele vivenciar brigas, agressões, desgastes, tristeza. Então, quando decidi pelo divórcio não parei pra pensar, na prática, como seria a nova vida do Miguel nessa dinâmica de pais separados. 

Em princípio Miguel ficava com o pai somente um sábado ou domingo por semana, que era quando eu precisava trabalhar. Ou seja, 12 horas de convivência com o pai por semana e zero descanso pra mim (já que quando não estava com meu filho, estava trabalhando). Tentei reconstruir minha vida nos meses seguintes, passando por todas as fases que uma pessoa recém-divorciada passa (da depressão à vontade de sair pra farra todos os dias). Acontece que quando se é mãe divorciada tudo muda de figura, tudo é mais complicado. A necessária volta à vida social (aos amigos, aos sorrisos, sob o sol, já dizia Leoni) ficou inviabilizada, visto que minha vida foi reduzida a somente um papel: o de mãe.

Comecei a refletir sobre isso e não apenas sobre meu desejo de liberdade, mas da necessidade que o Miguel tinha de conviver com o pai e também do direito do Heitor de ficar mais com o filho. Miguel já tinha mais de 1 ano e meio e lendo sobre isso, vi que crianças menores que ele já pernoitavam na casa dos pais, bem como passavam férias, etc. Após muito conversa (algumas nem tão cordiais), decidimos que Miguel passaria finais de semana alternados com o Heitor. No início ele chorava pra ir, chorava muito mais nas madrugadas. Pensamos que fosse a falta do peito, já que ele ainda mamava. Decidimos pelo desmame, considerando também vários outros fatores. Como falei aqui , o desmame foi um processo tranquilissímo, que fez muito bem a mim e a ele. Já desmamado, Miguel continuava a dar trabalho durante as madrugadas na casa do pai (passando de choros eternos a birras homéricas) até que simplesmente Heitor "abriu mão", "não aguentou", "entregou os pontos" ou termo que você quiser usar. Me disse, num momento de raiva/dor/mágoa/wathever que só iria ficar com o Miguel quando ele estivesse adaptado, que ele sofria longe de mim, que queria se estruturar melhor para acolhê-lo e infinitas outras coisas que não cabe falar aqui.

Fiquei arrasada. Em parte pela minha vida que seria restrita à função materna novamente, em parte por me sentir impotente (quem pode obrigar um pai "visitador" a ficar com seu filho? apesar disso estar mudando, o judiciário encara a função do pai apenas como provedor e a "pensão", Heitor estava pagando muito bem), mas principalmente por achar que meu filho estava sendo usurpado de um direito : a convivência com pai e a família paterna! Convivência e fortalecimento de vínculos!

Foram duas semanas sem nada definido, em que Heitor buscava o Miguel quando queria e eu, apesar de ouvir conselhos contrários, não podia negar a ele esse direito. Mesmo achando que ver o filho quando lhe desse "na telha" era irresponsabilidade, desrespeito comigo e principalmente com o Miguel, eu não o obriguei a ir resolver essa questão na justiça. Se assim fosse o resto da vida, eu contrataria uma babá, eu contaria com meus pais, eu esperaria o Miguel crescer para retomar os outros papéis da minha vida.

Foram dias (e noites) de pouco sono, pouco apetite, muito pensar, um recuo estratégico para esperar a "poeira baixar" e ter uma conversa adulta e civilizada com o pai do meu filho. Não, não era só minha obrigação cuidar do Miguel. Não, mãe não é Deus. Não, eu não vou assumir sozinha uma tarefa que deve ser compartilhada. Não, eu não vou deixar que os laços entre meu filho e seu pai fiquem frouxos. Sim, é meu dever insistir no que eu considero essencial ao Miguel.




Foi talvez a ÚNICA conversa madura e lúcida que tivemos na vida. Numa padaria, sentei em frente ao Heitor e disse tudo que eu sentia e no caminho que eu acreditava ser o melhor na educação do Miguel. Argumentei que se o Miguel chora à noite na casa dele (na minha ele dorme feito um anjo por 10 horas seguidas) é porque nitidamente ele tem mais vínculo comigo e que isso teria que ser equilibrado. A lógica é clara pra mim: se ele está mais apegado a mim é porque eu estou mais tempo com ele. Sou eu que estou quando ele acorda, quando ele dorme. Sou eu que troco as fraldas, sou eu que dou as refeições, sou eu que levo e busco na escolinha todos os dias, sou eu que estou no hospital quando ele está doente, sou eu que presencio os pequenos aprendizados, as pequenas e grandes dores. Sou eu e não ele. Agora, eu faço a pergunta: por que?

Porque sou mulher? S[o porque eu gestei 9 meses e o pari? Porque sou a mãe? Pai também pode ser presente. Pai DEVE ser presente. Nunca achei que mãe fosse superior ao pai na questão de vínculo. É claro que inicialmente, até por fatores biológicos, a criança se vincula mais a mãe mesmo, mas depois o vínculo é mantido por vontade, esforço e hábito. Eu amo minha mãe tanto quanto amo meu pai, e vocês? Não acho que MÃE É MÃE. Acho que PAI É PAI também. Ambos são insubstituíveis. Talvez a maioria das pessoas pensa assim porque tiveram pais ausentes, mesmo que tenham crescido com ele dentro de casa. O meu pai foi e é muito presente, logo não vejo diferenciação de amor de pai para amor de mãe (lógico que sempre temos mais afinidades com um dos dois, mas isso não tem a ver com "amar mais" ).

Hoje, após dois meses de estarmos começando a guarda compartilhada (vendo alguns frutos disso) e depois de uma conversa muito bacana com uma amiga (beijo Lúcia!), vejo que o Heitor pode ter agido daquela forma por vários motivos. Com certeza ele queria conviver com o filho, mas homem também sofre, homem também tem medo, homem também falha. Não cabe aqui julgá-lo, até porque, dentro do possível, ele sempre foi um bom pai. Mas o fato é que mesmo quando estávamos casados, o "grosso" dos cuidados com o Miguel sempre foi meu (até pelo fato de eu trabalhar apenas 10 dias no mês #desculpaaê). Ele chegava tarde do trabalho e no final do casamento, quando começou sua segunda graduação, chegava quando Miguel já estava dormindo. Os finais de semana eram quase todos cheios de compromisso e enquanto isso, eu e Miguel íamos nos vinculando cada vez mais. De repente, após um divórcio difícil, dolorido e cheio de mágoa, ele se vê tendo que cuidar de uma criança em tempo integral, durante um final de semana inteiro. E o pior: esse "esforço" não era recompensado, visto que a criança em tela demonstrava não gostar da sua companhia ou sofrer demais longe da mãe. Sim, agora eu posso me colocar do outro lado. É claro também que há o lado cômodo disso tudo. Abrir mão de saídas, namoro, baladas, sono ininterrupto é uma tarefa complicada e tarefa essa sempre atribuída à mulher. Ensinam a mulher à renunciar sempre e aos homens os privilégios, mas nesse caso, quem sai perdendo é o pai. 

Homem/pai presente é coisa rara e não digo de pais que trocam fraldas de cocô de vez em quando, tô falando de PATERNIDADE ATIVA. Pai que pede guarda-compartilhada ou que mesmo sem a guarda oficial, quer e faz acontecer sua convivência com o (a)  filho (a). Pai que participa do dia-a-dia: educando, corrigindo, participando de atividades rotineiras. Pai que deseja ser mais do expectador/visitador/animador de circo. Pai não deve apenas levar pra passear em finais de semana alternados. Pai tem que saber o que é fazer nebulização a cada tantas horas na madrugada, aprender a comprar a fralda certa, saber o que é ser chamado a cada 5689 vezes ao dia, colocar remédio em machucado, escolher roupa, dormir junto, conhecer os amiguinhos. Pai que é pai mesmo! 

Felizmente, pude amadurecer tudo isso e transformar limões numa bela caipirinha (oi?). O que poderia ser motivo para uma batalha judicial ou um desgaste emocional, foi transformado numa oportunidade de crescer. Para ambos. Eu, Heitor e Miguel.

Atualmente, chegamos ao consenso de que guarda-compartilhada é o melhor pra nós. Não quero privilégio afetivo em relação ao meu filho, mas também quero os mesmos direitos do Heitor. Quero os mesmos dias livres. Quero que ele tenha as mesmas experiências que eu tenho com o Miguel: tanto as boas como as ruins Quero que eles se conheçam mais, que se amem mais, que criem uma relação sólida o bastante para que  nada mais os faça retroceder.

Decidimos que esse será um processo gradual, afinal é de uma vida, a vida mais importante das NOSSAS vidas que estamos falando. Ano que vem, Miguel será matriculado numa escola perto da duas casas, para que fique fácil para os dois. Começamos com: Miguel dorme lá todas as terças-feiras e fica em finais de semana alternados, sendo que só vai no sábado de manhã e quando não é final de semana do Heitor, ele vai para lá no domingo à tardezinha. Em suma: está dormindo duas noites por semana e ficando dois dias também. Combinamos que acontecesse o que fosse é assim que será. Que Miguel precisa assimilar a idéia da "casa do papai" e "casa da mamãe" e que as duas eram a sua casa, seu lar, seu lugar. Com isso, meu filho tem convivido mais com a vó paterna, tios e tia, prima (Heitor mora com eles). Nitidamente tá mais vinculado ao pai (ás vezes acorda chamando-o, pede para falar com ele ao telefone, o respeita mais), mais independente e tem demonstrado felicidade em ir para a casa paterna (apesar de demonstrar se sentir "dividido" ao me deixar e ir, como se estivesse "me trocando", mas acho que isso é normal).

Tento mostrar que fico muito feliz em vê-lo ir (e fico mesmo, apesar de às vezes dar um apertinho no coração de saudade) e sempre quando o busco de volta, comento, pergunto, instigo ele a achar boa a casa do pai. Enfim, um trabalho de formiguinha que tem valido muito a pena. Inverter a lógica nunca é fácil, mas quem disse que eu gosto de coisa fácil?

A minha relação com o Heitor melhorou muito também. Sem competições. Mais madura. Agora temos assunto pra conversar: o dia-a-dia do Miguel, que antes era privilégio só meu. Devo ressaltar aqui, que apesar das criticas que fiz, ele foi fundamental em um momento crucial na vida do Miguel: em seu nascimento. Sem ele eu não teria parido. Ele nunca teve medo, sempre me incentivou a ser protagonista do meu parto, participou de curso preparatório, comprou a briga pelo parto domiciliar (que infelizmente não deu certo), foi o co-parteiro, enfim, peça-chave na chegada do Miguel ao mundo. Mas só isso não basta. 

Tudo isso pra dizer aos homens: SER UM PAI ATIVO É UM DIREITO DE VOCÊS e quem mais sai ganhando são seus filhos. Não deixem ser reduzidos ao papel de expectador ou "visitador". No caso de divórcio, o fato de ser mulher não garante por si só o bem-estar da criança. Não estou dizendo para isso virar motivo de picuinha e disputa de POSSE. Filho não é bem, filho é vida. Com certeza, cada um sabe o que é melhor pra si, mas o fato é que vivemos em uma sociedade machista que acha que cabe apenas à mulher o dever de educar os filhos.



Para as mães, digo que é dever de vocês incentivarem a paternidade ativa. E direito de gozar (ui) dos mesmos direitos dos cônjuges de lazer, descanso, vida social e etc. Não permitam ser acometidas pelo sentimento de pertencimento exarcebado, nem de julgamento da sociedade. Eu ouvi e ouço (quase todos os dias) coisas como: "como você tem CORAGEM de deixar seu filho dormir fora, com o pai?" , "Tadinho" , "Você tá querendo se LIVRAR da criança" , "Mãe que quer ir pra farra" , dentre outras pérolas e sabe o que eu faço: dou de ombros. Já passei da fase de me explicar. Tenho a consciência dentro de mim, que me faz deitar a cabeça no travesseiro, que estou fazendo o melhor para o meu filho. Que estou lhe dando o direito de conviver com sua família, que não é porque o casamento se desfez que ele precisa ser privado da companhia do pai, ou ser menos feliz por isso. Hoje posso voltar a fazer planos de fazer uma segunda graduação, estudar para um concurso, sair com amigos,voltar a namorar ou simplesmente fazer uma viagem porque tenho alguém que compartilha não apenas os cuidados com meu filho, mas compartilha um ideal de família e uma nova concepção de maternidade/paternidade.

Eu sou mulher e não apenas mãe. Heitor é homem e está aprendendo uma nova forma de ser pai. Miguel está crescendo num formato diferente de família, contudo,não com menos amor.

Só um esclarecimento: De acordo com o novo Código Civil, a mulher não tem mais a preferência para ficar com a guarda dos filhos menores. Daqui por diante, a guarda será exercida por quem tiver mais condições de exercê-la. O juiz levará em conta sempre o bem-estar das crianças e os vínculos estabelecidos. É um avanço, mas ainda há muito pela frente. Creio que o maior desafio é a mudança cultural e não apenas no judiciário.

Em tempo: Hoje cedo quando cheguei no trabalho, Heitor me ligou dizendo que Miguel não queria ir de jeito nenhum para a escolinha, que queria ficar com a avó, a tia e priminha. Isso nunca tinha acontecido. Comemorei. Comemoramos. E como diz a música: "se a gente quiser, o mundo se ajeita".

Ps: Caguei o post citando música de Claudia Leitte no final. 

Ps2: Eu já tinha feito um texto sobre o amor de pais aqui



8 comentários:

  1. Marília, para variar, texto excelente! Um incrível experiencia de maturidade compartilhada.
    Acho q esse texto deve fazer pensar não só os pais separados.. mas tbm os casados, que teoricamente, deveriam compartilhar das obrigações e responsabilidades de se criar um filho. Mas que na maioria dos casos, recai exclusivamente sobre a mãe!
    Parabéns pelas decisões tomadas em conjunto..
    Bj grande

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  2. Parabéns Marília!!! Texto perfeito, realmente são muitos posts MARAVILHOSOS ficaria difícil escolher um.
    Sobre o que escreveu do divorcio e dos filhos assino em baixo, sofri muito por tempo por não ter um pai presente (porque foi assassinado), e fico mais triste quando vejo MUITAS crianças por ter seus pais vivos mas distantes por causa de uma separação DOS PAIS mal resolvida, onde usam seus filhos como armas entre uma guerra sem fim , esquecem do que falou no seu post E FALOU MUITO BEM , a separação é do casal.
    Mas uma vez parabéns, já estou na fila aguardando o lançamento do teu livro que um dia ira escrever rsrsrrsAbraços
    lu

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  3. Nossa q post intenso, pelo o que escreveu já dá pra sentir como foi difícil toda esta situação. De tudo o q falou, me apeguei qd vc fala da participação do pai, o q vemos por aí são homens q geram filhos, não pais, pq toda a carga de responsabilidades, educação fica sobre a mãe. Precisamos sair em "briga" para q essa situação mude. Fico feliz por estar começando a colher os frutos de tantas batalhas, q a cada dia seja melhor, bjss
    http://cphilene.wordpress.com/

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  4. Oi, Marília, querida, tudo bem? Há muito tempo já, queria escrever um comentário a esta postagem tão emocionante e ao mesmo tempo tão lúcida. Tenho lido em vários lugares, livros, artigos de jornal que a divisão do trabalho doméstico e do cuidado dos filhos ainda é muito arraigada a papéis de gênero muito tradicionais. Contudo, basta a gente olhar com um pouco mais de atenção o cotidiano de diferentes famílias, seja com os pais da criança ou adolescente vivendo juntos ou não, que já percebe como a maioria das tarefas, dentre elas as mais pesadas, ainda fica a cargo das mães. A sua história é muito contundente e mostra que, quando a figura do pai existe, o não exercício de uma paternidade ativa traz prejuízos a todos: à criança, à mãe ao próprio pai. Muito corajosa a sua defesa da ideia de que a maternidade não implica necessariamente um vínculo maior e/ou que toda a parte de cuidados com alimentação, higiene, educação, com o desenvolvimento psicológico, enfim, é prioritariamente dever de mãe. Importante também o seu questionamento das opiniões que julgam o fato de a mãe precisar vivenciar outras dimensões tais como profissional e mulher. E, nesse sentido, se o pai colaborar, fica tão mais fácil para todo mundo, não é? Adorei também do recado que você dá tanto para os homens quanto mulheres: é no dia a dia, na negociação de novas práticas que mãe e pais podem, como você falou, reformularem concepções de maternidade e paternidade e aí, criarem relações mais gratificantes entre si e com sues filhos. Marília, parabéns pelo seu texto! Acho que todo mundo deveria ler, até mesmo os não pais. Este texto pode ter seu significado estendido para nos lembrar da corresponsabilidade que todos temos, em nossos respectivos âmbitos de atuação pessoal ou profissional, de tornar as coisas melhores. Grande Beijo, Lúcia.

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  5. Marília...to vivendo isso mesmo que tem no início do seu texto...mas ainda tem muito...xingamento e brigas por parte dele...ele não aceita eu ter resolvido separar para acabar com as brigas.. vive criando que tenho outro por isso me separei... no começo eu até achava que meu filho era pequeno só dois anos tinha que dormir comigo...mas passado umas semanas passado a raiva... o desespero das brigas... acabei percebendo que ele era capaz de cuidar também a noite... não só de dia no sábado ou no domingo... mas tem vezes que ele não quer dormir com ele...ele chora... só que ele fica com raiva.. xnga até a criança .... diz que não quer saber dele... no outro dia vem todo calmo... ainda não consegui fazer ele ver que o filho dele ama ele...e que as vezes criança chora...comigo também...essas coisas...posso dizer que amei seu ppost...quero saber se foi difícil fazer ele ouvir...

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  6. olaa..vc arrassoouuu. Seu texto esta incrivel, estou passando por tudo isso tambem e nada me fazia entender que o pai do meu bebe (meu ex-marido), tambem tem direitos e deveres sobre nosso filho.Na minha humilde ignorancia, ele nunca poderia ficar com ele mais de algumas horas, ate porque nunca achei que outra pessoa poderia cuidar dele como eu...possessiva..!!!!!! Mas agora accredito que vou pensar de outra forma..obrigada..e seja feliz!!!!

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  7. Que texto intenso. Estou passando por algo semelhante... mas ainda n definimos o divórcio. A situação está insustentável e por mais que ainda exista um pouco sentimento já não é suficiente. Enfim. .. temos uma filha de um ano e estou sem dormir com a batalha que sei q vem pela frente. Ele ja deixou claro que vai brigar até o fim, mas o pior é que sei que não é por ela e sim para me atingir. Ele n troca uma fralda de cocô, sempre que ela chora ele diz que é birra, ela n fica com ele sozinha por mais de 30min sem chorar - tanto que quando preciso sair e a deixo dormindo com ele é batata: ela acorda e ele liga desesperado pq ela ta chorando.
    Enfim... ao contrário de vc (embora respeite muito sua posição) n me sinto sufocada com a maternidade, pelo contrário: n tem nada q eu queira ou goste mais do que estar com ela 24h - 7 dias por semana - o tempo inteiro. Estou morrendo de medo que levemos isso ao juiz e que ele consiga pernoitar com ela ou mesmo passar fim de semana. Só de imaginar fico com o coração em prantos. Sei que ele tem todos os direitos que eu tenho, mas justamente por conhecê-lo sei q quer isso apenas pra me atingir e não pela filha. Além disso, minha filha ainda amamenta e sei que ela n está preparada para isso. Ao contrário de ti (que inveja dessa tua força) penso sim em sustentar uma relação falida, aguentar o que for preciso por, pelo menos, mais uns dois ou três anos - até que ela esteja pronta para encarar isso.

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