quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Entre o real e o ideal: nosso desmame

Engraçado colocar o desmame no plural: “nosso”. Mas aqui foi assim, uma via de mão dupla, assim como a amamentação nesses quase dois anos.

Antes de falar como se deu o desmame, é preciso destacar que chega um tempo em que amamentar começa a incomodar...
os outros! Se antes, todos incentivavam você a amamentar seu pequeno filho faminto, à medida que esse bezerro vai crescendo (e as pernas dele ficando penduradas no seu colo enquanto mama) os olhares e palpites das pessoas ao seu redor também adquirem força. Vamos dizer que após o primeiro ano (sendo bastante generosa, aqui foi bem antes), você ouve no mínimo umas duas vezes ao dia a pérola: “ele AINDA mama???” – isso para os educados. Tem aqueles que nunca te viram na vida e falam : “Nossa, tá na hora de desmamar esse menino, já tentou passar babosa no peito?” (sim, já ouvi isso, de uma pessoa no metrô). Não lembro minha resposta a esse caso especifico, mas como sou phyna, na maioria das vezes dava um sorriso amarelo e ignorava. Quanto à família, a questão era mais séria já que a justificativa é de que “esse menino não come/dorme/vive direito porque mama”, “ele não tem todos os dentes porque mama”, “o peito é vício”, “você está tornando ele dependente” e todas essas coisas. Sempre me perguntavam QUANDO eu ia desmamá-lo. E a minha resposta geralmente era: “quando parar de ser bom pra mim e pra ele”. Sim porque simplesmente não entrava na minha cabeça desmamar uma criança saudável que gostava de mamar, de uma mãe cheio de leite pra dar e que também adorava amamentar. Era bom pra ele, era bom pra mim e ”sorria e acene" para os comentários, olhares e pitacos.

Amamentar, no meu caso, tirando a dificuldade inicial (que não passou de falta de vontade da enfermeira ensinar a "pega" direitinho, ainda no hospital) foi quase poético. Zero dor, zero sofrimento, zero culpa. Miguel nunca fez meu peito de chupeta (apesar de saber que essa expressão é equivocada, já que o peito veio primeiro que a chupeta, logo a expressão correta seria “fazer a chupeta de peito”, mas enfim, vocês entenderam). Apesar de ser em livre demanda desde que nasceu, acabou criando seus horários – quase- certos pra mamar. Amamentar nunca me atrapalhou em nada. Minha produção não caiu quando voltei ao trabalho (fui doadora de leite materno por 8 meses). Sempre dormi bem porque fazemos cama compartilhada e nem percebia quando ele acordava pra mamar. A hora de dormir era a que eu mais curtia. Com certeza o melhor momento do dia era a hora do “mamá” noturno, em que acabava adormecendo junto com ele. Enfim, recomendo amamentar até debaixo d’água (nunca tentei, aviso).

Mas, alguns acontecimentos em minha vida pessoal me levaram a decidir que a hora do desmame estava chegando, mas antes já havia em mim sinais de cansaço, irritação, vontade de desmamar que só levei à prática porque percebi que o Miguel também estava pronto. Sempre me perguntei como seria esse processo e sabia que ele teria que ser o mais natural possível, com o mínimo de sofrimento para ambos. Uma coisa que eu pensava: quando for a hora eu não vou ter dúvidas.

Uma parentêse: Lembrei daquelas revistas de adolescentes que eu lia das minhas irmãs e sempre tinha aquelas perguntas das leitoras “Meu namorado quer transar, mas estou na dúvida, quando vou saber a hora da minha primeira vez?” e a resposta dos “especialistas” eram “Se você tá na dúvida é porque não é a hora, quando for, você estará segura que é o momento e a pessoa certa.
(Capricho e Querida formaram meu caráter)

Fecha parentêse.

Aí que em Setembro levei o Miguel a uma pediatra nova, do convênio, já que o que o de referência dele estava cobrando um preço por consulta fora do meu orçamento. Ele estava com 1 ano e 6 meses e segundo ela, abaixo do peso e da altura ideal pra idade. Quase entrando na linha amarela da curva de crescimento e por causa de que? Do meu leite! Sim,ela alegou que a amamentação estava atrapalhando seu desenvolvimento  Chegou a receitar leite em pó e quase ordenar que acabassemos com a cama compartilhada. Se fosse em outras condições eu teria mandado ela pastar, pegaria meu filho e iria embora, mas experimenta ouvir de um pessoa teoricamente especialista na saúde de crianças que você é a causadora de seu filho não se desenvolver adequadamente? Fui muito forte de não desabar na frente dela, do Heitor, da minha mãe. Porque esqueci de dizer que ela, além de tudo, não disse isso delicadamente.

Eu tinha certeza que meu filho era extremamente saudável, com uma inteligência notável e muitas outras aptidões, mas essa questão do peso/altura já estava martelando em minha cabeça há tempos (não por mim, mais pelas outras pessoas que insistiam em dizer que ele era pequeno, etc) e depois dessa consulta fiquei arrasada. Foi como uma guerra perdida. Como se todo mundo que me criticava por eu amamentar tivesse ganhado a guerra, apontando o dedo pra mim e dizendo: “ta vendo, seu capricho de amamentar ele a qualquer custo estava fazendo mal a seu filho” (sim, eu cheguei a ouvir isso). Nos dias seguintes cheguei a ver preço de mini cama, pedir pra minha mãe comprar as latas de leite (não ia ter coragem de eu mesma comprar) e planejar esse desmame, mas não consegui ir adiante. Todas as vezes que Miguel pedia “mamá”, o rostinho feliz que tinha quando mamava, o vínculo que tínhamos nessa hora não me deixaram ir além. Se ele não comia direito (e nem era tão mal assim), eu daria outro jeito. Pediria outra opinião. O que eu não ia fazer é algo que seria brutal pra mim e pra ele.

Continuei amamentando. Em livre demanda. Pra dormir. De madrugada. Em casa. Na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê. E foi a amamentação que segurou as pontas inúmeras vezes em que ele ficou doente e só se alimentava do MEU leitinho poderoso. Foi por causa da amamentação que recebi um elogio com condecorações quando ele precisou ficar internado por uma bactéria intestinal e mais uma vez o “mamá” salvou a pátria,livrando ele de vários dias de soro na veia.

Até que me divorciei. Um divórcio não muito consensual/saudável/bonito. Não vou entrar em detalhes, até porque não vem ao caso, mas fiquei mal. Mais cansada/triste do que o comum e amamentar deixou de ser prazer pra se tornar obrigação. Miguel também não curtia tanto quanto antes, justamente, eu acho, por sugar – literalmente- essas minhas dores emocionais. Perdi peso, leite quase secou. Miguel, esponjinha que é (e são todas as crianças) começou a mamar mais e mais, como quem diz “me dá amor, eu preciso, é o meu refúgio”. Uma criança que mamava só pra dormir, passou a ficar pendurado o dia todo no peito. No auge, em nossa viagem à Rondônia (em Novembro), pedia pra mamar, O DIA INTEIRO, não deixava eu tomar banho ou me alimentar sem mamar. Sugava 10 segundos e largava. Junto com meu cansaço e irritação, percebi que ele também usava o “mamá” quando não conseguia lidar com suas emoções. Se caía, queria mamar. Se alguém brigava, mamava; Se alguém tomava seu brinquedo, dá-lhe peito. Enfim, formava-se o cenário para um futuro desmame. Eu sentia que chegava a hora.

Ouvindo minhas reclamações, muitas pessoas opinavam ; “esse menino vai sofrer pra desmamar” e davam conselhos : “vai ter que ser na marra”. Mas eu apesar de não saber por onde começar, achava que não precisava ser sofrido. Não queria usar a técnica do choro. Não ia passar babosa no peito (que porra é essa mermo?). Teria que ser gradual. Teria que ser com diálogo. Teria que ser com amor.

Passamos ainda o final de ano inteiro nessa. Uns dias piores, outros melhores. O que me confortava é saber que ele NÃO PRECISAVA do peito. Era hábito. Miguel já come de tudo (e bem) e fica muito bem sem mim (por exemplo, passa o dia todo na creche e nem lembra de mamar). A questão principal era quando ele estava comigo e “lembrava” do mamar, além claro, do terrível desmame noturno. Ele costumava acordar em horários específicos: meia noite, 2 horas da manhã e antes de amanhecer (lá pras 5 horas), como um reloginho. Isso bem jantado antes, ou seja, fome não era. (Quando ele não jantava direito, aí sim, acordava de hora em hora).

Com a separação, o desejo e a necessidade do pai de passar dias com ele, sem eu, óbvio, por isso também a necessidade do desmame. Tentamos que ele dormisse na casa do Heitor sem que precisasse desmamá-lo, mas o resultado foi desastroso. De umas cinco noites que ele passou lá, umas três ele acordou berrando, chorou por duas horas e passou o resto da noite acordado. Não dava. Aí sim era sofrimento pra ele. Tinhamos que ensinar a ele que não precisava do “mamá” pra dormir, nem da mamãe. Comecei o processo pelo desmame nortuno, o mais difícil, já que de dia, se distraísse-mos, ele até esquecia de mamar.

Comecei assim:


1- Dedução: Se ele não acorda à noite por fome, acorda porque? Hábito? Talvez. Teria que confirmar se os horários em que ele acordava eram fixos. Em duas noites observei isso (sim, passei praticamente em claro) e anotei. Estava habituado a acordar naqueles horários.

2- Substituição: Se ele não acordava por fome, e sim por hábito e por quase 2 anos ensinei a ele que pra voltar a dormir era necessário mamar, tinha que ensinar que havia outras formas de voltar a dormir. Daí lembrei de um texto muito bom sobre o desmame noturno que havia lido. Em que a pessoa ensinava de maneira bem carinhosa (e sem choro) o bebê voltar a dormir sem mamar. Na verdade, não há grandes segredos: explicar que não tinha mamá por motivo x (no meu caso falei que tava “dodói”) e fazê-lo adormecer com carinho em substituição ao peito. A idéia inicial era dar o peito, mas retirar antes dele adormecer, pra ele voltar a dormir sem mamar. Fui consciente de que se ele chorasse demais ou por muito tempo eu recuaria e tentaria na noite seguinte, e assim até conseguir. Pra minha surpresa, na primeira “acordada” da noite ele chorou pedindo mamá e eu disse “não filho, mamá acabou, tá dodói”. Ele óbvio foi despertando e chorou, chorou. Falei que a mamãe tava ali pra dar carinho, que não tinha mamá, mas tinha massagem, carinho na bochecha, cafuné,etc. Depois de menos de cinco minutos ele havia dormido novamente. Sem mamar.
E assim foi nas 16 vezes subsequentes. Sim, ele acordou na primeira noite 17 (eu disse 17 vezes). Mas fui forte e não cedi ao meu lado preguiçoso (tão prático só colocar o peito pra fora) e fraquejante.  Ao infinito e além, era meu lema (Toy Story, repetido à exaustão aqui em casa provoca esses efeitos).
No dia seguinte Miguel foi pra casa do pai porque eu estava de plantão. Heitor disse que ele ficou super bem e só no final do dia choramingou pelo peito e por mim. Super normal. Dormiu lá, o que ajudou no processo. Depois, durante o outro dia ele “lembrava” do peito e pedia, mas eu falava que o “mamá da mamãe tava dodói” e ele me abraçava me consolando e seguia. Na terceira noite do desmame ele só acordou três vezes (o mesmo de quando mamava) e em menos de um minuto conseguia fazê-lo adormecer de novo. Sempre fazendo massagens em suas costinhas, ou pegando na bochechinha.
Viajamos pra praia (Fortaleza) e acho que isso ajudou muito, pois ele brincava muito durante o dia e exausto, adormecia cedo e praticamente não acordava durante a noite.

Já considerando o desmame realizado com sucesso (um pouco descrente da facilidade como ele ocorreu, confesso), me deparei diante de outro problema: como fazê-lo adormecer à noite ou criar um novo ritual do sono. Aqui sempre foi assim: banho + massagem/óleo do sono/pijama + mamá = bebê capotado. Fácil. Agora com um bebê-rapaz que não mama mais, tive que experimentar várias alternativas.

Deu certo:

1 – Continuar com o banho +  creme/massagem
2- Inseri um leite (de vaca, aquela vaca que me substituiu, argh) com achocolatado quente, que ele bebe já bem relaxado
3- Escovar dente junto com a mamãe
4- Escolher um bichinho de estimação/travesseiro/cheirinho pra dormir agarradinho (aqui funcionou a Giraffinha, que ele cuida mesmo, como se fosse filho dele)
5- Música de ninar (nas primeiras noites isso foi meio tenso. Ele adormeceu ouvindo “Dim dim dom, da Aline Barros e aí acordava no meio da noite pedindo a musica que tinha parado. Aí ia eu linda levantar, ligar computador pra colocar música # fail) ou música de rádio mesmo. DICA DA VIDA: Nova Brasil Fm (não sei se tem no Brasil todo) só toca música deprê/soníferas à noite, MPB das antigas. Miguel adormece ao som de Guilherme Arantes. Poético.


Só tem duas semanas e meia que ele desmamou e ainda estamos descobrindo algumas coisas, mas já tem alguns dias que ele não acorda mais à noite e acho que esqueceu de fato que um dia já mamou. Alguns dias ele pede pra deitar no sofá/cama comigo e dorme sozinho enquanto assisto novela. Outras ele mesmo pede “caminha”.

O desmame do Miguel foi super tranquilo. Não vou dizer que foi o ideal, porque não sei se o ideal existe na maternidade. Afinal, quem dita as regras? A OMS? As blogueiras? Nossas mães? Afinal, o que é desmame natural? Só aquele em que a criança já tem 6 anos de idade? Ou natural é um processo tranquilo em que seu corpo pede e seu filho entende? Se for a última resposta o nosso desmame real foi bem natural, assim como foi seu nascimento e assim como tem sido todo seu desenvolvimento, ou pelo menos o que luto pra ser.

O mais engraçado é que aquela piadinha das revistas de adolescente super faz sentido, realmente a gente sabe quando chega a hora. E a paz que vem de uma decisão tomada com consciência e respeito não tem preço. Não vou fazer como já vi por aí e me dar um diploma por ter amamentado meu filho (exclusivamente por 6 meses e como complemento por 1 ano e 10 meses), porque sei que fiz o que deveria fazer. Não fiz por obrigação, mas por prazer. E digo, depois do parto amamentar é uma das melhores sensações da maternidade.

É certo que amamentar nem sempre faz jus àquela cena bucólica de uma mãezinha linda, loira (oi, sou eu? – apagar), magra, de vestidinho florido sentado em uma cadeira de vime branco com um bebê rosado no colo, que suga placidamente seu seio (sem rachaduras, estrias/wathever) enquanto ela acaricia suas bochechas e claro, o pai da criança observa a cena emocionado. É verdade que amamentar tem cheiro,  tem hora inesperada, tem um pouco de vergonha, algumas tem dor, tem novidade, tem cansaço, tem dúvida, tem medo. Como esquecer dos milhares de micos que paguei enquanto amamentei (alguns impublicáveis)? Do dia em que abri a porta pro cara do gás e estava com um peito pra fora. Do dia em que fui arrumar meu sutiã e caiu meu absorvente de seios, no trabalho! Das milhares de blusas molhadas e o mundo inteiro olhando. De tirar o sutiã pra amamentar e esguichar leite na pessoa ao meu lado no ônibus. Enfim, amamentar é real. Uma realidade um pouco azedinha, mas predominantemente doce, como meu leite (eu já provei tá?).

No mais, preciso dizer que esse é o MEU depoimento. O NOSSO desmame e não quero de maneira nenhuma dizer que é o certo para SUA realidade. Cada um sabe onde o calo aperta e escreve sua história. Mas sempre que posso, digo: amamentar é tudo de bom!

Agora não posso me omitir a fato pouco divulgado a esse respeito. Eis minha derradeira (acho tão adulta essa palavra) recomendação:  antes de começar a amamentar abra uma conta poupança para o silicone. Porque nenhuma mulher tá preparada pra de “Pamela Anderson” virar “Carolina Dieckman”. É sério, foi sentimento, foi amor, foi doação, mas não é fácil não passar mais no teste da caneta. Como disse minha amiga Giuliana Vaia : "Sonho em preencher meus sutiãs com dignidade de. Ou peitos". Para ilustrar eu vou me expor ao ridiculo.Olhem essas fotos e me mandem abraços de solidariedade depois. (Tô pensando em abrir uma VAKINHA pra esse fim, porque olha...)



Ps: Uma outra coisa linda. Ontem Miguel tomando banho comigo viu meu seios, deu um beijo em cada um e disse "mamá do Midel bô, alinho agoa " (Mamá do Miguel acabou, só carinho agora). Muito amor né?



15 comentários:

  1. muito legal esse blog adorei ta lindo!

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  2. Parabéns por amamentar seu pequeno lindo Miguelzinho da sua maneira e não da maneiras dos outros! Fiquei triste pelo divórcio, mas é a sua vida e tenho certeza que com toda essa sua sabedoria/inteligencia vai saber lidar com esse assunto um pouco que chato!Adorei o texto e adoro vc!!!
    Luciana

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  3. Parabéns pelo texto... Comecei a ler o blog há duas semanas e achei fantástico muito bem elaborado e cheio de amor...
    Tenho um bebê de 10 meses e curti demais suas histórias e depoimentos...
    Infelizmente chego a ultima postagem com a notícia do seu divórcio, uma pena...Li um texto do pai do Miguelzinho e me emocionei bastante, muita sensibilidade e sentimento...
    Torço por ti e espero que essa parte seja superada da melhor forma possível para vc, Miguel e até para o paizão dele pq deve ser alguém muito especial só pelo fato de vc o ter escolhido para ser o pai dessa fofura.
    Mais uma vez, parabéns!!!
    Patricia Campos
    Cuiabá - MT

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  4. Eu não passei por essa parte 'difícil' do desmame, por que quem me desmamou foi a Gabi... Mesmo em LD, ela perdeu o interesse e eu (me arrependo hoje), não insisti... Enfim, o que quero comentar mesmo é sobre o peso/altura do Miguel.
    A Gabi tem 3 anos e tamanho de 2-2 e meio. O percentil dela, até um ano e meio, era normal. Depois, estagnou. Eu ficava muito encucada, por que ela come super bem, coisas saudáveis. Fizemos um monte de exames pra ver o nível de hormônios, e tudo deu normal. Fizemos raio x das mãos, e deu normal. A pediatra diagnosticou como 'atraso constitucional de desenvolvimento', nada preocupante enquanto ela estiver comendo e crescendo, mesmo no ritmo dela.
    Talvez seja interessante trocar de pediatra, pois essa pareceu meio 'dona da verdade' demais né?
    beijooo

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  5. Muito lindo!
    Vc está de parabéns amiga, uma super mãe com certeza... Aprendi muito com vc e guardo lições que saberei usa-las quando for comigo...

    Só tenho que brigar com vc por uma coisa:
    COMO É QU EVC VEM EM FORTALEZA (6 horas de viagem daqui pra lá) E NÃO ENTRA EM CONTATO COMIGO, HEIM???? POXA...

    Beijão!!!

    Susany Vidal

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  6. Oi, Lila!!!!
    Finalmente, me sobrou um tempinho pra ler e comentar o seu texto... e admito que te admiro demais! É muito bom tê-la como amiga, apesar da distância que, confesso, é mais culpa minha... o Miguel é uma criança linda e inteligente! E que sorte ter vc como mamãe...
    Ah, quando vc disse: "Miguel, esponjinha que é (e são todas as crianças) começou a mamar mais e mais, como quem diz “me dá amor, eu preciso, é o meu refúgio”, eu lembrei do livro "Maternidade e o encontro com a própria sombra", em que a autora comenta que a mãe e a criança estão tão ligadas que, na realidade, a situação do Miguel não te deixar sozinha por nada não é pra compensar a insegurança dele, mas afirmar pra VOCÊ que vc não está sozinha...
    E eu acredito nisso... a gente ainda imagina que essas pessoinhas ainda tão inhas sejam fragéis, mas minha prática diária, percebo que muitas vezes é o sorriso da Rafa, é ouvi-la "eu te amo voxê, mamãe" que me impulsionam pra frente, que me ajudam a sacudir a poeira e continuar trabalhando, acreditando em dias melhores...
    Lila, fiquei muito triste com o fim do seu casamento... tenho muito carinho por vc e pelo Heitor, mas sei que se findou não foi por falta de tentativa, de ambas as partes, de fazer dar certo...
    Tb me identifiquei muito com o seu desmame... amamentei a Rafa por 2 anos e 5 meses... mas, sentia que era hora, tanto pra mim quanto pra ela... confesso que sinto saudades de amamentar, mas só de vez em quando, rs... e a Rafaela ainda brinca com meus seios, dá beijinho, diz que são lindos e amiguinhos dela! hehehe...
    Por falar em seios, bora fazer um consórcio pra colocar silicone!? Adoooooraaavaaa meus seios a la Pamela Anderson... :)
    Bjos pra vcs!!!!
    p.s: quero ir pra Roma! :)

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  7. O Marília, tinha visto que vc tinha publicado aqui...fazia tempo heim, tava com saudades de ler vcs ( sempre gostei de vir aqui)enfim, só agora tive um tempinho e adorei como sempre.
    Vc escreve mt bem. Parabéns!!!
    Entendo bem esse processo, pois a minha piquetucha - que tbm passou por isso aos 1 ano e 10 meses - foi difícil no início - e como foi "fica ouvindo o tempo todos essas piadinhas" - poxa, nós somos as mães e sabemos o que fazer apesar de nossa inesperiência, caramba!!!
    Bem, com a Ana foi assim: descobrimos que estavamos grávidos e logo o nosso plano de amamenta-la até os 02 anos foi por água abaixo...pois sou muito gorda sabe rsr.... (mentira) e ficamos com medo de vir uma anemia tanto pra mim quanto pra ela. Pra não prejudicar ambas resolvemos, dizer que estava dodói e como não funcionou mt bem, passei batom vermelho - aí sim ela acreditou.
    Daí em diante foi tranquilo. E agora ela olha e passa a mãozinha fazendo carinho e diz: É dá Sara mamãe? E ri. Amo muito!!!
    E apesar dos pesares, sabemos que tudo na vida tem seu tempo e seu jeito de acontecer. Que seja bom enquanto durar.
    Mais uma vez, Parabéns e um super beijo nesse super herói gatinho do Miguel.
    Abraços.
    Vívian Fonseca e Ana LEtícia.

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  8. Abraço solidário... to amando ser Pamela Anderson!

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  9. Nossaaaa....Estou apaixonada pelas suas postagens.
    Estou grávida de 26 semanas e cheguei até aqui através do seu outro blog.
    Fui me encantando com tudo, os textos maravilhosos, suas experiências, seus conselhos e amei tudo, você fala coisas que eu gostaria de escrever, meus pensamentos.
    Assim como falaram acima, também fiquei muito triste com o fim de seu casamento. Li dias atrás um texto que escreveu que os pais também são mães e senti o amor verdadeiro em suas palavras, sua família linda e, me desculpe dar minha opinião sobre sua vida pessoal (te acho uma celebridade, sou sua fã desde que comecei a ler seus blogs e fã pode tudo né? rsrs) mas tenho bastante fé que vocês se reencontrem e de continuidade a linda história que você relatou.
    Só pode ter sido inveja de uma vida tão plena, tão bonita e cheia de perspectivas e amor. Quero um dia ver essa família reunida novamente e feliz. Me desculpe pela invasão, mas me sinto assistindo uma novela da Gloria Perez e torço sempre pelo amor e um desfecho feliz.
    Assim que aprender a mexer melhor com isso (blog) vou te enviar uma mensagem com meu e-mail para conversarmos mais. Um beijão e que Deus te abençoe e continua a te iluminar.
    PS: Faço coro para que contine a escrever, É uma terapia ler seus textos, sentir a emoção de suas histórias e aprender mais a cada dia com seus conselhos :)

    Sandra Lemos - Rio de Janeiro

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  10. Marília,
    Estava eu buscando no Google quanta água uma lactante tem que beber e me deparei com o seu blog. Em algum momento vc deve ter citado água (ah, sim... que vc recomenda que se amamente até debaixo d'água) e o Google, pra minha sorte e deleite, indicou essa página. Desde então, olha que ironia, vc me acompanha nos meus momentos de amamentação. Muitas vezes o Tiago dorme depois de mamar e eu fico com ele no colo, lendo os seus escritos.
    A minha experiência, infelizmente, não foi sem dor. Em nenhuma das duas vezes que amamentei. Mas eu não desisti em nenhuma, amamentei o Gabriel até 1 ano e 11 meses (ele desmamou, e eu desconfio que eu ainda não) e estou amamentando o Tiago. Tive rachaduras graves e, mesmo com as sugestões (sim, as sugestões, vc sabe como é isso) de dar a mamadeira, eu passei dias ordenhando e dando o leito no copinho, pois tinha medo de dar na chuca e ele não querer mais pegar o peito depois que os ferimentos melhorassem. Foram dias difíceis. Pelo fato de não haver o estímulo da mamada, o que, no começo era fácil, encher um copinho de 50 ml se tornou uma tarefa que durava mais de uma hora. Mas agora estamos ótimos! Valeu a pena!
    Compartilho com vc de muitas opiniões, dos micos... Cheguei a, não só me apresentar em público com um peito de fora, mas a dar passos. Eu não havia notado o disparate do que estava fazendo até o meu marido chamar a minha atenção ("Vc quer fazer o favor de guardar esse peito?").
    E, querida... dá um uta bem apertado aqui! Porque eu to no meu momento Pamela Anderson, mas tava pior que a Galisteu, depois da amamentação do meu primeiro filho. Eu sei beeem como é esse processo, e já estou me preparando psicologicamente para passar por isso de novo. Com um grande medo, confesso, de acabar como uma índia.
    Parabéns e obrigada pela coragem, não só de expor as suas fotos - isso é o de menos, vc sabe. Mas por compartilhar sua linda história. Espero que vc continue a viver suas experiências tão plenamente, e que continue a nos presentear com os seus relatos.
    Beijos! Seja feliz!

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    1. Camila!
      Que coisa boa receber esse depoimento! A melhor coisa de escrever um blog (além de ter registrado pra sempre a infância do meu filho) é esse feedback e saber que ao menos um pouquinho eu ajudei alguém!

      Morro de saudade de amamentar, mas ao mesmo tempo me sinto com o dever cumprido e a consciência leve de que esse processo de desmame foi bem tranquilo, natural! :)
      Por isso que acho que deve-se mesmo insistir, tentar, aguentar dor(se for preciso) porque vale a pena e é preciso ir até onde se aguenta, né? rs...

      A parte ruim é esses peitinhos de ovo frito, mas né? Ossos do ofício! hehehe
      Aliás, eu e outras amigas montamos o MOF (Movimento Ovo Frito), quando quiser, "esteje" à vonatade! rs

      Beijos

      Ps: Meus posts não são nada "utilidade pública" né? Então farei minha parte: BEBA MUITA ÁGUA E SUCO! kkkk

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  11. Eu não sou mãe ainda, nem sei se posso ser. Mas gosto de ler depoimentos como esses. Infelismente muitas mães não tem esse instinto, esse carinho maternal que você tem. Aqui onde moro, no interior de Pernambuco vejo muitas mães com 5,7 e até 9 filhos, sem nenhum afeto e só com interesse nos beneficios do Governo. É muito triste. Tenho muita vontade de ser mãe, mas devido a minha vida stressante ou até por fatores biológico, ainda não consegui ter um filho. Meu marido é louco pra ser pai, mas por enquanto nada. A luta continua e tenha certeza que vou usar muitas de suas dicas.

    Muito obrigada!

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  12. Que história linda, estou passando por tudo que vc descreve, principalmente pelas opinioes das pessoas, sinto que tambem que já tá mais do que na hora,vc acredita que minha filha tem 2 anos e 5meses e ainda nao consegui desmamama-la. fico muito triste só de pensar no sofrimento(dela e o meu). Muito obrigada por compartilhar sua história, pois vou seguir o que você descreveu. Parabéns!!!

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  13. Simplesmente amei
    Vou tentar com o MEU MIGUEL O SEU MÉTODO...
    Parabéns 🎊

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